Num domingo ensolarado de pleno inverno, fui a casa dos
meus futuros sogros almoçar. Borboletas invadiram minha barriga e meu
nervosismo ficou aparente. Primeira impressão normalmente é a que fica, logo,
não podia errar, falar muito ou falar pouco, comer dentro dos bons modos, dizer
frases coerentes e compreensivas, ser simpática e equilibrada, ficar calma mais
não parecer retardada... Já esqueci tudo! Nossa! Quantas regras! Não, vou ser
eu mesma e seja o que for! Torçam por mim...
A receptividade foi magnífica e a comida formidável. Os pais
do Tomas são bem resolvidos, cultos e
educadíssimos. Bem vinda à nova família!!! Cada vez mais estou acrescentando
estrelinhas a seu favor.
Depois do almoço e do encontro deleitoso que foi, fomos até
o jardim, aproveitar o sol e namorar um pouco. Sentei na beira da piscina, tirei
minhas sandálias cor verde e mergulhei meus pés na água gélida mexendo pra lá e
para cá. Enquanto isso, a brisa refrescava meu rosto e balançava meus cabelos.
Os pássaros estavam cantarolando para o pôr do sol, Tomas cantando Blues e o
violão acompanhando, tudo em perfeita harmonia. Os mais simples momentos são os
mais prazerosos e lembrados para sempre! Sentamos na rede olhando um para o
outro, falando apenas com olhares e expressões, ai me veio a grande surpresa: -
Quer namorar comigo? – Resolvi pensar, para não parecer impulsiva e
desesperada! Vou responder no momento certo!
Fechamos a noite com muita tapioca, pois sua mãe é baiana,
e um cineminha francês. Foi perfeito! Não poderia ser melhor! Essa “coisa” de
tudo novo, estranho, diferente... É muito bom! Uma adrenalina, fico eufórica,
empolgada! Não me adapto a rotinas, por isso, o novo, as mudanças e a inovação me
abastecem.
Depois de tantas aventuras e emoções baratas, resolvemos
ver as estrelas no estacionamento do shopping. A noite estava fresca e
estrelada, motivo de inspirações para mais novas emoções “baratas”. Rodamos o
estacionamento monopolizando cada canto com nossa felicidade, com nossa paixão
fervendo. Ele me rodava, me agarrava, me beijava, me seduzia, me fazia rir...
Ele me fazia feliz, estava feliz com ele, e cada vez mais tinha certeza
disso...
Nossa! Será que estou amando? Ele me pediu em namoro... Eu
quero aceitar, mais será que é cedo demais? Afinal, estou solteira apenas dois
meses! Será que é tarde? Será que é isso que eu preciso neste momento? Não
seria cômodo ou pressão? Será que é ele? Muitas dúvidas dormiram na minha
cabeça, mas eu tenho certeza de uma coisa... Eu era feliz ao seu lado, ele me
fazia sentir uma mulher e especial, amada e valorizada... Ele é um máximo! Por
que pensar demais? Deixa o amor levar, deixa ir à deriva...
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