São quase três da
manhã
Todos dormem, menos eu
Todos sonham, eu
também
Devoro o tempo com a minha
ansiedade
Quero sentir logo!
Me iludo com a fada do
dente
Bato três palmas sem
cadência
Pulo as três ondinhas
Como as sete malditas uvas
E nada acontece...
O que há de errado com
o tempo?
Ou será que o meu tempo
que é adiantado?
Ou complexo?
Não quero conhecer alguém
por inteiro
Quero o imprevisível
O indecifrável
O inatingível
O impalpável
Quero alguém que se
reinvente junto comigo
Você ainda não
percebeu?
Num simples olhar para
frente
Num tímido passo para
o desconhecido
O tempo renasce e me
faz sorrir
Colorindo meu corpo
Desfazendo-me
Sem ordem, sem regras,
sem interesses
Sem noção, sem
controle, sem pudor...
Estou nua de dentro
pra fora
E foi você que mexeu
com o meu tempo
Desalinhou minha
atenção
Cegou meus princípios
Desorientou minha
libido
Mas mesmo assim eu
grito baixo
para não te incomodar
Desculpas, eu sou
caloura neste tempo
Me ensina, quero
aprender com a sua ironia
Visto-me de nós
Que sabor gostoso...
Nenhum comentário:
Postar um comentário