quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Capítulo Quatro

  Estava entrando em um dos meus sites sociais e tinha uma pessoa, por sinal muito bonito, pedindo uma solicitação de amizade. Vi suas fotos e lembrei que o conhecia de séculos atrás, e eu adorava-o! Aceitei a solicitação e ficamos conversando por algumas horas da madrugada. Ele me atraiu bastante por ser mais velho, inteligente, lindo, homem unido à família... Comecei a atirar minhas fechas de sedução, ele, para variar, não resistiu!   

Marcamos um almoço no centro, depois outro, e outro... E nada de nós se beijarmos! Não quis dar muitas condições para ele, pois o que ele tinha de ego ele tinha de charmoso. Tudo bem que não tenho ninguém certo, mais também não preciso “matar cachorro a grito”, transparecer desespero e seca total. Não, finge que estou tranqüila e nem tenho pressa de conhecer e provar seu beijo, com aqueles lábios carnudos, bem desenhados... Xó, tentação!
        Marcamos um jantar, que foi um desastre! Eu já estava produzida, quando ele desmarca o compromisso, dizendo que estava gripado. Desculpinha esfarrapada, né? Lógico que não acreditei! Foi uma experiência incrivelmente horrível para mim levar um “bolo”, assim, na última hora.
        Minha mãe e minha irmã avisaram para mim que ele era um galinha e que era para eu não sair mais com ele. Realmente não sai mais! Ele me ligou no dia seguinte pedindo inúmeras desculpas, e me fazendo vários convites( quase irrecusáveis, como passear de barco, jantar em um restaurante famoso, ir ao cinema...), e eu não aceitei e ainda completei:

_ Que pena Tadeu, nesse dia eu já tenho um compromisso, e não poderei desmarcá-lo, nem amanhã estou livre... Aliás, estou com compromissos até o final de 2014!(irônica).
Final de semana seguinte, minha irmã e meu cunhado me convidaram para ir para uma festa Rave. Como nunca tinha ido antes, fui lá para conhecer. Fui com a intenção de ir para me divertir mesmo e como não conhecia o público que freguentava esse tipo de festa, não estava a fim de me relacionar (''ficar'') com ninguém.
        A festa é muito legal, dancei muito na pista. Todos têm certo preconceito com a Rave por que lá eles usam muitas drogas, para se desligarem do mundo real e entrarem em um outro, onde eles esquecem os problemas e só querem saber de dançar a música! Conversei com um deles, e me disse isso! Eu sou careta, apenas dancei e bebi um drink, para ter energia!
        Uma amiga minha me apresenta uma espécie de homem gato demais. Não iria perder essa oportunidade de conhecê-lo... Não sou burra! Ele veio até mim e começamos a conversar, ele é um fofo, parecia ser tranqüilo e carinhoso, quando reparei na mão dele, e adivinha o que estava bebendo? Coca-cola... Ele foi o escolhido para ser o “motorista da rodada”! Ou seja, era responsável e estava sóbreo, não queria se aproveitar de mim (creio...). Papo vai, papo vem  e descobri que o Daniel mora na mesma cidade que minha mãe! Muita coincidência!
         Preciso nem dizer que nos beijamos, né?
        No dia seguinte ele me ligou, perguntando como tinha chegado em casa, raro isso acontecer atualmente! Chamou-me para um jantar... Criei um receito com jantar por causa do Tadeu, preferi marcar de almoçarmos! Foi me pegar em casa (tem um carrão!), e me levou em um restaurante bem conhecido que é especialista em comida japonesa.
        Ele contou que é policial, prestou concurso para trabalhar na perícia. Caramba, que bacana! Deve ter ralado muito para conseguir notas altas. Mais e daí?! Isso não deixa de ser que ele é policial ou não, ele tem porte de arma! Ele luta jui-jitsu. Tem duas tatuagens enormes no braço, gosta de aparecer... Calminha, calminha, sem desesperos!
        Vamos combinar? Ele não tem nada a ver comigo, eu sou uma dama, uma princesinha, ele é um ogro, forte, machão! Mais peraí... Somos o Sherek e a Fiona! Ah, que fofo!
 Não! Jamais irei me transformar em uma ogra!