Oh,
vida injusta...
Por
que nasci neste mundo tão capitalista?
Não
poderia nascer em outro mundo?
Eu
tenho voz, mas não posso gritar
Eu
tenho um sonho, mas não acreditam...
Meus
amigos estão ocupados e minha família distante...
Oh,
vida cruel...
Por
que me deu um caminho já traçado?
Eu não
quero seguir o caminho dos outros
Aquele
caminho fácil e previsível,
Onde o
fim é estar sem tempo e presa numa gaiola como um pássaro infeliz.
Oh,
vida de guerra...
Luto por aquilo que não tenho coragem de
enfrentar
Gasto
meu tempo com aquilo que não quero viver
Gasto
meu tempo realizando os sonhos dos outros...
E eu?
E meus sonhos? Minha vontade de ser eu?
Esse
pássaro vai voar e não se espante se ele pousar no lugar que você acha que é
errado.
E o
que é certo e errado afinal?
Oh,
senhora vida...
Se
você é sábia, saberá me compreender.
Tenho
algo dentro de mim que quer sair.
Mas
não sair para um passeio, e sim para explorar o mundo...
O que
eu almejo ainda não tem nome,
Alguns
chamam de ilusão, outros “viagem”, para outros um erro, para mim... Amor?!
Por
favor... Amor deixa rastros. Qual é o mal que tem de deixar rastros de
felicidade?
Assim,
poderei contagiar as faces tristes, poderei mostrar a coragem aos desiludidos,
poderei mostrar quem eu sou para mim mesmo.
Oh,
vida... Eu te amo, mesmo sendo complicada assim...