Ele
é um sonhador, um menino
Seu
papo era quase um monólogo
Dominava
apenas um assunto e somente ele falava...
Tagarelava compulsivamente
Eu
o observava com destreza
Eram
tantos gestos que ele fazia com as mãos, mais tantos, que eu me perdia.
Estava
confusa...
Seu
sorriso era falso, era apócrifo
Percebi
que ele tinha tantas mágoas internas, que o externo ficou sem sentido para ele
Parecia
estar interpretando algo que não era, uma mascara, talvez...
Ele
estava inseguro, ansioso com a minha presença. Não era ele ali...
Seu
corpo era quente, suado e cerdoso
Me
causou náuseas e aflição de estar com ele naquele momento
Me
despedi e intui que nunca mais o veria
E
foi assim que terminou o que nunca havia começado...
Quando
algo soa estranho, não arrisque, é um sinal...