terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Sonho para um pesadelo




Ele é um sonhador, um menino
Seu papo era quase um monólogo
Dominava apenas um assunto  e somente ele falava... Tagarelava compulsivamente
Eu o observava com destreza
Eram tantos gestos que ele fazia com as mãos, mais tantos, que eu me perdia.
Estava confusa...
Seu sorriso era falso, era apócrifo
Percebi que ele tinha tantas mágoas internas, que o externo ficou sem sentido para ele
Parecia estar interpretando algo que não era, uma mascara, talvez...
Ele estava inseguro, ansioso com a minha presença.  Não era ele ali...
Seu corpo era quente, suado e cerdoso
Me causou náuseas e aflição de estar com ele naquele momento
Me despedi e intui que nunca mais o veria
E foi assim que terminou o que nunca havia começado...
Quando algo soa estranho, não arrisque, é um sinal...