terça-feira, 14 de agosto de 2012

Capítulo Vinte Um - Uma surpresa inesperada!



Longas semanas se passaram

                                             
Numa quinta feira encontrei meu ex na rua e paramos para uma rápida conversa. Ele estava comum, traje bastante jovial, mais seu rosto permanecia lindo e atraente. Em momento nenhum ele me olhou nos olhos (uma pena, pois adorava seu olhar) me despedi com um apertado abraço e com um beijo que quase errei na mira (Ops! Falta de costume!). Senti saudades, apenas saudades, pois, o amor que sentia por ele não existia mais, restou carinho e boas recordações. Ele foi um ótimo namorado!

         

          Fui junto com uma amiga para um concerto alemão que havia na cidade, depois ela sugeriu que fossemos para um barzinho, relaxar com uns amigos dela que chegaram hoje de viagem e que ela não os via há algum tempo. Diante de tanta insistência, relutei e fui acompanhá-la.
Deparei-me com um moço muito atraente do qual me identifiquei de primeira vista, logo, me contive, pois estava em público e sabia que não estava preparada para outro envolvimento. Em uma roda de amigos divertidos e ousados, nossos olhares e opiniões sempre se encontravam. Ele me atraia estranhamente...

         Ignoramos o grupo e deixei a curiosidade de conhecê-lo me levar. Fomos dar uma volta, sair do barulho onde não ouvia seu timbre direito. Enquanto falava um pouco ao meu respeito, ele prestava atenção minuciosamente em cada vírgula, seu olhar era sexy e cativante. Foi uma longa e bela despedida, não estranhei seu beijo e seu toque nos meus longos cabelos, ele me aquecia do sereno que caia e sussurrava palavras deliciosas em meu ouvido. Ele era exatamente o que precisava naquele momento... Um homem!

          Durante a semana inteira mantivemos contato.  Ele resolveu vir me visitar no sábado. A noite estava rigorosamente fria. Tomamos um bom vinho em um bar aconchegante e descolado, e para complementar a noite, ouvimos blues, o que é totalmente instigante para o "primeiro encontro".

É tão recente meu término, apenas um mês! Poderia até me sentir culpada por estar indo depressa, mais o destino não deixou. Isso é injusto, meninas ficam meses ou até anos para conseguir alguém, e eu da noite para o dia, aparece o homem ideal... Isso é totalmente perigoso!

  Foram dias de diversão garantida, ele é um moço culto e interessado por arte... Curtimos as mesmas coisas. Decidida em me aprofundar neste “caso amoroso”, fui até a sua cidade para ficarmos juntos e mais a vontade. Levou-me para sambar, foi delicioso dançar com alguém que estava feliz por estar ali comigo, dançando. Observava-o como era gentil, educado e um ótimo dançarino. Observei também seu jeito de não ter medo de viver, de mostrar sua felicidade, e mesmo desajeitado fez questão de dançar a dois, não se saiu tão bem, mais só de tentar e não ligar para “os outros olhando”, foi extremamente satisfatório, e percebi que ele iria ser um ótimo companheiro futuramente.

        Caminhávamos de volta para casa, na chuva - cena de filme- não nos importávamos de nos molhar e beijamos calorosamente um ao outro. Cantarolava em seus ouvidos e ele me olhava com admiração e orgulho. Isso me deixou segura e feliz.

        Ele me mostrou seu lado musical, tocou como ninguém no violão, em perfeita harmonia com sua voz. Estava tímido, pois, eu o assistia com um  sorriso besta no rosto na beira da cama e com um olhar fixado em seu rosto. Amei o show exclusivo e estava transbordando alegria por estar ali (espero que ele não tenha me achado igual a uma adolescente idiotamente apaixonada)!


Senti falta da sua voz rasteira e de seu toque, eram viciantes! Pena que moramos longe um do outro, porém,  já estava mal acostumada. Queria mesmo era um controle onde pudesse voltar no tempo e estacionasse para nunca mais sair do seu lado.  Pensando bem... Não seria gostoso e único como está sendo agora, seria sufocante, é... Vou pensar mais a respeito em estacionar o tempo!


Até semana que vem minha nova paixão... 

domingo, 12 de agosto de 2012

Capítulo Vinte - Quando a gente menos espera... Acontece



Uma semana depois... 

Conheci um rapaz, gentil, carinhoso e muito inteligente, conversava sobre tudo, o silêncio nunca permaneceu entre nós. Era incrível o poder dele de saber tudo! Apenas batemos altos papos durante alguns dias. Comecei a me senti  atraída pelo Armando, na verdade, pelo seu QI elevado e sua maneira de pensar, madura. Bom, combinei um jantar, mais deixei claro que era sem compromisso, um jantar entre amigos, para minha ingenuidade.
Dialogamos sobre arte, cinema, política e até a anatomia do corpo humano. Olhava cada palavra que saia de sua boca carnuda e seca do frio, as palavras me atraiam ainda mais. Estava insegura e não me recordava como era se envolver com "estranhos". Ele avançou um pouco o sinal, acariciou com sua enorme mão minhas pernas. Travei. A séculos que nenhum homem além do meu ex –namorado colocava as mãos em mim. Como ousa? Bloqueie  meu sorriso e rapidamente fiquei séria, pensativa. Por sua dosagem de maturidade ele percebeu e se conteve. Mais logo se atreveu a fazer carinhos em minha nuca e beija-la devagar... Disse que eu era deliciosamente perigosa. Estava bom, porem não consegui avançar para o beijo, estava desconfortável e senti que estava traindo eu mesmo. Estava ferida ainda, ele sabia disso, mais porque ele não se conteve? talvez por que não fui tão clara. Para mim pausou ali...
Pedi a conta e partimos! Sem jeito ele se desculpou com palavras doces e gentis! Na hora de nos despedirmos ele sugeriu um beijo, eu sedi, mais não senti nada, na verdade achei horrível! Que beijo estranho... Lábios, língua, jeito de pegar no pescoço! Tudo foi estranho, o jeito como ele me direcionava o olhar, a maneira como ele pegava minha mão, seu carinho... Não queria aquilo! Nunca quis, mais deixei me levar, pois achava que iria ser bom para mim, até para esquecer meu ex-namorado, mais estava difícil!

Capítulo Dezenove - Em um piscar de olhos... Nova fase

Em uma noite fria de inverno, havia uma exposição de um fotografo alemão onde visitar ir, convidei meu namorado, pois adorava sair com ele. Mais para minha infelicidade ele disse que era “programa de velho”, e preferiu tomar chopp com amigos, logo, fui sozinha! Sozinha como sempre fui nesses dois anos de relacionamento, não sei por que fiquei tão surpresa e abalada.
        Acordei reflexiva, anormal, angustiada... Triste! O que estava me incomodando tanto? Há dias que não o vejo e já não sentia saudades, tesão e amor mais por ele, por que?
Encontro-me em uma nova fase, sou cheia delas. Olhei para o meu lado e via um garoto do qual não me identificava mais, na verdade sempre fomos muito diferentes um do outro, só que durante esses anos achava que o amor superaria essa diferença. Lembrei-me de como me irritava fácil ao seu lado. Seu jeito ogro de ser era quase intolerável para mim. Sua obsessão por futebol e álcool consumia meu pensamento sempre me perguntando- O que estou fazendo com ele?
Damos certo ate agora, fui feliz, pois naquele momento era ele que eu realmente precisava! Desliguei meu lado altruísta e segui o rumo do que realmente queria. Chega, cansei de batalhar um luta já perdida. Nesta minha nova fase tenho sede do viver, quero ler muito e adquirir mais conhecimento, estudar línguas, me profissionalizar, viajar o mundo! Conversas fúteis e bobas são atualmente cansativas para mim.
Duas semanas depois...
Rompemos o relacionamento, com abraços e gestos carinhosos. Término é sempre término. Sofri, chorei, me arrependi, quase voltei atrás, relutei e decidi, decidimos que não iria mais dar certo. Seu olhar penetrava ao meu com ar de melancolia, foi uma sensação horrível fazer alguém sofrer por problemas meu, por não conseguir aceitar ele como era, por não ama-lo mais.
Estou solt... Que palavra estranha, não soa bem nem soletrar! Não estou acostumada a viver apenas comigo... Gosto de conversar, opinar a respeito de algo e saber a opinião do outro. E quando estiver viajando, com quem que vou comentar a respeito de uma bela paisagem ou um erro de português em uma placa? Ou saboreando algo delicioso, para quem que vou pedir que saboreasse comigo? Filmes, teatros e exposições artísticas, comentar com quem? Comigo, apenas comigo!
No começo era estranho, ruim, angustiante. Hoje, vivendo apenas comigo, não tenho frustrações, constrangimentos, inseguranças, impaciência e mau humor. “Quem foi que disse, que é impossível ser feliz sozinho?”