Dia
seguinte fui á praia com minha irmã e meu cunhado. Eles estavam comemorando o
primeiro mês de namoro, e eu ali, morrendo de inveja e segurando um baita
castiçal! Depois de pensar muito, resolvi ligar para o Lucas convidando ele
para jantar mais tarde e conversarmos, como duas pessoas civilizadas e maduras.
Mas ele preferiu ir até á praia onde estávamos, pois estava à toa e de noite
teria um compromisso.
Confesso que ligar foi
uma tarefa difícil para mim, pois sou tão orgulhosa... Mas queria superar meus
defeitos, e deu certo!
Concluímos que temos
muitas coisas distintas um do outro, porém, queríamos ariscar, e tentar dar
mais uma chance para nós dois. Prometi ser menos impulsiva e mais atenciosa com
ele.
Engraçado, não é por nada não, mais reparei que ele fez muitos
gestos com as mãos, estava falando arrastado, parecia um... “Boiola”! Que raiva
que me deu! Adoro os gays, mais meu namorado não, né?
Deveria estar nervoso... Concerteza é isso! Bom,
prefiro acreditar que sim!
Mais tarde fui com
minhas irmãs ao cinema. Amamos o tal filme! Cheio de romantismo, ação,
mistérios, homens bonitos e cheios de músculos, deixando a gente completamente
iludida do mundo real!
Saindo
do cinema, ainda naquele momento empolgante de comentar a respeito filme, as
melhores e piores cenas, quem aparece? O Breno, meu ex-namorado. Minhas irmãs
gritaram de alegria quando o viram. Correram em direção a ele para
abraçá-lo e beijá-lo. Ele sempre tão tímido, tão travado e tão carinhoso. Vi no
olhar dele a saudade, carinho e respeito por todas nós!
Surpreendi-me
quando o vi. Cumprimentei-o com um abraço apertado, e ele correspondeu com um
abraço ainda mais apertado! Foi bem rapidinho, mais o bastante para eu me
emocionar, o suficiente para sentir saudades dele.
Eu
comecei a chorar no meio do shopping (nada de exagerado, calma!) na frente de
todos, mais não estava nem ai!
Deu-me
um aperto no coração, logo veio uma saudade, um pontinho de amor ainda
existente. Lembrei de como ele fora tão especial para mim. E ainda é! Lembrei
dos nossos momentos juntos, viagens, passeios, a família dele, dos amigos, das
boas ações que fez pela minha família, de nossos momentos de felicidades e
tristezas, e até a impaciência e ausência dele comigo.
Foi uma recaída, porém, um momento muito precioso. Uma
saudade relâmpago! Minhas irmãs começaram a me abraçar me enchendo
de carinhos e beijos. Tudo que eu precisava naquele momento! Foi tão bom e ao
mesmo tempo confuso para mim.