sábado, 19 de novembro de 2011

Capítulo dezoito - Um outro universo, cheio de surpresas!!!


    Depois de algum tempo ausente viajando e conhecendo novas culturas (inclusive analisando o sexo masculino), descobri que o amor não surge em qualquer pessoa, mais sim cai em sua vida do nada!  Eu ficava forçando um amor, uma louca paixão... Mais nada dava certo, não é mesmo? Sou um talento nesse assunto! (irônica)
    Para os leitores que me acompanham, sabem que passei por situações agradáveis, digamos assim, conheci gay, bissexual, tarado, tímido, metido, rico, hippie, galinha... Diante desse mutirão de erros, cansei... Estou na minha agora, quieta, sozinha... abandonada... (por que estou tão irônica hoje?)
Entrei para faculdade! Esse novo universo que estou vivendo é um primor! O ambiente, a linguagem universitária, as cabeças abertas para o conhecimento, a galera toda reunida no intervalo papeando. Coisa gostosa isso! Muito bom se socializar com pessoas novas.
    Algumas semanas depois, já tinha amigas e amigos. Surpreendi-me aqui, admito. Eu sempre tão seletiva e fechada para falar de mim mesmo para os outros, ainda mais estranhos, falava com eles como se já conhecesse há algum tempo, eles me passaram confiança! (Minha carência talvez,rs)
    Pensei que todos faziam parte do maldito ‘’padrão’’, sempre comportadod, a moda a mesma pra todos... Tá, a maioria faz parte desse ‘’padrão’’, eu é que sou diferente demais! Mas todos, pelo que percebi, têm personalidade, não se privam de expressar o que sentem, são divertidos, espertos, simpáticos e alto-astrais, se vestem como querem, descolados... Estou amando a galera!
    Bom, lógico que na minha vida sempre vai ter um romance, então... Tem um rapaz bem legal na minha turma que me convidou pra sair numa sexta-feira. Como não tinha nada pra fazer, meus compromissos em primeiro lugar, aceitei o convite! Mas também tinha certo interesse em conhecê-lo melhor, então seria uma bela oportunidade...
    Ele me levou para um barzinho muito fino no centro. Já me conquistou, tenho meu lado materialista, rs. Papo vai, papo vem. Ele já morou fora do país e fala algumas línguas estrangeiras, muito culto. Ele é filósofo, frases complexas, significados complexos, porém, mente complexa... Eu já sou complexa demais de se entender! É muita complexidade!!
   Admito que ele mexeu comigo no começo. Qual mulher não gosta de um homem fazendo poesias e citando frases bacanas ao seu respeito? Ainda mais um homem apaixonado. É isso mesmo! A –pai- xô- na- do! Estava louco por mim, me achava além de linda, inteligente, gente fina, independente... Blá Blá Blá
   Mas queria uma pessoa mais clara, mais velha, independente e com futuro promissor, uma pessoa que sonhe alto junto comigo, que tenha o mesmos sonhos e os realize comigo! E uma pessoa careta igual a mim, isso sim, seria o ideal!
  Bom, foi bom enquanto durou, foi ótimo! Ele é um fofo, me respeita... Agora somos apenas amigos! Amigos “uma ova”, ele mudou de cidade, saiu da faculdade, me excluiu das redes sociais, não fala mais comigo, acho que ele ficou muito brabo comigo, ou uma coincidência talvez, por que não? Mas poxa vida, pessoas totalmentes diferentes não vão dar certo nunca! Sempre vão brigar, questionar tudo! Imagina para escolher um canal na TV ou uma sessão de cinema? Um pesadelo!!! 

   Bom, todo relacionamento levo um aprendizado para a vida. E desse foi:
  - Aprendi que realmente não suporto a filosofia! 

domingo, 2 de outubro de 2011

As sem-razões do amor

Eu te amo porque te amo,
Não precisas ser amante,
e nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
e com amor não se paga.

Amor é dado de graça,
é semeado no vento,
na cachoeira, no eclipse.
Amor foge a dicionários
e a regulamentos vários.

Eu te amo porque não amo
bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
não se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
e da morte vencedor,
por mais que o matem (e matam)
a cada instante de amor."

Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Continuação Capítulo dezessete

No “viciobook”, entrei no perfil de Johnnie para dar aquela “fuxicada”. Me surpreendi com tantas poesias! Será que ele mesmo quem as escrevia? Li todas.
Não demorou muito para ele me chamar no bate-papo. Ok, vamos pensar. Se ele me chamou no bate-papo é porque não está fugindo de mim, e se não está fugindo de mim... É porque gostou de mim! Ah, que felicidade! Conversamos muito, durante horas. O papo era tão bom que deixei minha barra de chocolate de lado e meus livros de romance também.
Combinamos de sair hoje a noite para um barzinho super aconchegante perto de casa mesmo. Tomamos alguns drinks e comemos comida japonesa! Falei um pouquinho de mim e ele falou também dele. Gostei muito. Ele aos 27 anos já tinha sua empresa dando super certo! Morava sozinho e amava seus pais! Lembrei de uma frase que minha mãe sempre diz: - Bom filho, bom marido! Calma! Não é isso que vocês estão pensando... Não quero me casar agora, apenas adaptei esta frase, pois, ele também pode ser um bom companheiro ou namorado! Quem sabe, né?
 Noite perfeita! Até minha mãe me ligar... Porque mães ligam sempre na hora errada? Que saco! Depois do “micão”, ou melhor, “gorila”, tive que ir embora, bem, já era tarde! Antes de dizer adeus, mais beijos.
Dormi com seu cheiro, novamente!
Johnnie ia viajar a trabalho para São Paulo. Nos despedimos indo até a praia do Arpoador ver o pôr-do-sol. Johnnie recitou poesia para mim, e eu boba! Quase uma idiota! Amava quando ele apertava os lábios com os dentes para falar qualquer coisa ou mexia nos cabelos. Ele dizia que eu era linda e perfeita para ele! Queria namorar comigo, logo! Mas eu na verdade não o conhecia tanto para começar a namorar ele.
Duas semanas sem ver Johnnie. Nos falamos quase todos os dias. Ele até chegou a me mandar um bouquet de flores amarelas junto com uma caixinha cheias de bombons decorados e uma carta impressa. Como pode ser tão perfeito e encantador? Adivinhou tudo. Deve ter lido meu manual de instruções! A carta dizia:

“Clara, minha girl. Estou te mandando essas flores e esses deliciosos chocolates, não por que sei que você gosta e sim porque tenho um carinho enorme por você, já!
Há pouco te conheço e já estou apaixonado pela sua beleza completa, louco para te ter só pra mim, louco para te olhar, te admirar e sonhar com você todos os dias. Acordado ou não. Beijar-te até o sol raiar!
Eu gostaria muito de ouvir de sua boca que também me deseja, e me quer só pra você! Pode ser cedo, mais meus sentimentos são verdadeiros! Acredite nisso!
Espero corresponder suas expectativas no momento. Quando chegar ao Rio precisamos conversar. Preciso te contar algo antes de qualquer coisa.
Um beijo de seu futuro amor... , Johnnie”


Terminei de ler. Estava gostando dele também. Naquele momento percebi que podíamos dar certo, por que não? Fiquei insegura apenas porque queria me contar alguma coisa...  O que poderia ser? Será que ele vai se mudar para São Paulo? Ou ele tem medo de se relacionar comigo porque sou nova para ele? Não faço idéia! Vou aguardar com muita curiosidade que esse dia chegue logo!

Mais uma semana se passou. E nada de Johnnie.
Não ligou, não mandou carta, nem entrava na internet como costumava entrar. Sua caixa de recado já tinha duas mensagens minha, preocupada com ele.
Seis horas da tarde neste mesmo dia, saindo do curso, uma mensagem de Johnnie em meu celular.

“Girl, não se preocupe comigo estou sossegado. Podemos nos encontrar hoje à noite para conversar? Passarei em sua casa para te buscar as 20hrs. Tudo bem? Beijos Johnnie”

Respondi que sim, apesar de ter prova de sociologia amanhã e não saber absolutamente nada.
 As oito horas, em ponto, toca meu celular. Johnnie já havia chegado, nem me deu mais um minuto para terminar minha produção. Vou assim mesmo...
Assim que me viu, um sorriso contente em seu rosto, um abraço bem apertado. Fomos conversando e demorou para ele tocar no assunto da tal coisa que queria tanto me contar. Mas eu naquele momento estava preparada para ouvir qualquer coisa que ele falasse. Ou não.
No bar. Ele sentou em minha frente como o costume. Tomou refrigerante e eu um suco de tamarino. Começou dizendo:
- Clara eu não quero ficar só por ficar com você. Você sabe disso. Gosto de uma coisa mais séria, mais certinha, posso não passar essa imagem, mais gosto disso.
- Eu entendo você Johnnie. Só acho que nos conhecemos pouco para começar uma relação agora. Deveríamos esperar um pouco mais talvez...
        - Não é isso que me prende. Não é porque te conheço pouco, baby. Nem porque você é nova. Aliás, acho você mais madura do que eu. O que vou te dizer agora, podemos nunca mais nos falar!
        - Diga, diga logo! Eu não deixaria de falar com você... Fala Johnnie!
        Naquele momento, um silêncio. Um frio na barriga. Meus olhos fixos nos olhos dele. Johnnie nervoso e ao mesmo tempo sossegado. Ansiosa para ouvir logo, talvez estivesse até mais nervosa do que ele. Johnnie pega em minhas mãos. Olha para mim sério, aperta seus lábios com os seus dentes e franzi a testa.
        -Clara, eu sou bissexual!
Não sei descrever minha expressão naquele instante. Esperava tudo! Menos que ele fosse Bissexual. Até cheguei a pensar que ele teria cinco filhos! Ou que era “dono de boca’, ou um hacker , ou sei lá! Não acreditei...
        - Bi... Bisse... Bissexual!
Queria muito que ele desmentisse. O que não aconteceu.
        -Vou entender girl se você não quiser continuar a ficar comigo! Eu estou acostumado! Passo sempre por isso.
        - To sem palavras Johnnie!
E realmente estava. Não sabia o que dizer, confesso que até vontade de chorar eu tive!
        -Clara... Desculpa não ter te falado antes. Mas, eu quando fico com alguém eu só fico com uma pessoa. Não faço bagunça em minha vida, gosto de ficar apenas com uma pessoa, homem ou mulher.
        Agora mesmo que fiquei sem palavras. Pedi licença e fui ao banheiro, telefonar para alguém... Podia fazer ou dizer alguma besteira, não queria correr esse risco, pois gostava muito do Johnnie. Tentei ligar para duas amigas. Nada. Liguei para outra, uma mais certinha do que as outras. Me surpreendi. Ela me disse para eu aproveitar e ficar com ele e outro cara. Me ajudou muito! Desliguei quase em sua cara e pensei... Pensei... Acho que fiquei uns trinta minutos ouvindo gente querendo entrar no banheiro. Resolvi dizer o que pensava, apenas o que pensava... Sem opnião de outras pessoas...
        -Johnnie, voltei!
        -Sempre desconfiava que o banheiro era o melhor amigo de uma mulher, agora tive certeza!
        -Bobo! Eu não queria dizer besteira para você, resolvi pensar sozinha. Mas acho que não foi uma boa idéia fazer isso no banheiro porque além das pessoas batendo na porta, o cheiro era insuportável...
        -Só você para me fazer rir nessas horas girl. E você? Quer me dizer algo também depois de minha revelação?
        Olhava para Johnnie, quer dizer, para seus lábios e seu olhar sedutor. Meu corpo, minha boca queria-os. Mas eu no fundo não poderia continuar um caso ou futuramente uma relação com um bissexual. Não tenho preconceito, é apenas porque não me adaptaria com a ideia de imaginar ele na cama com um homem sempre que eu o olhava... Foi difícil me expressar. Difícil eu aceitar nossa separação relâmpago. Não sabia por onde começar.
Mas falei. Disse tudo! Johnnie entendeu. E por eu ter sido sincera ele ainda me procura e eu ainda o procuro. Uma estória quase inacabada!
        Olho para Johnnie, para suas fotos, leio suas poesias e me lembro apenas de momentos bons ao seu lado. Dias iluminados, cheio de risadas e alegria! Pouco tempo e muita intensidade. Muitos beijos e poucos amaços. Continuávamos nos falando. Mas nunca mais nos encontramos!
        Alguns meses se passaram. Depois de um dia inteiro de trabalho, fui dar uma volta no Arpoador ver o pôr-do-sol que é sempre lindo. Um cheiro no ar... Cheiro de Johnnie, luz dourada refletindo no mar, a maresia fresca... Sempre me recordo dele.  Fui subindo até chegar ao topo. Subindo me lembrando de suas poesias, do seu brilho no olhar diante ao sol, seu sorriso perfeito. Chegando lá em cima, um vento forte. Meus cabelos voando e fazendo fechar levemente meus olhos. Meu coração transbordando de saudades dele. Um aperto no coração! Uma mão vazia e nenhum sorriso no rosto. Fechei meus olhos e deixei que viessem as lembranças... Lembranças acompanhadas de lágrimas e ao mesmo tempo de felicidade, felicidade de conseguirmos sermos maduros o suficiente de entender a vida, que muitas vezes é injusta! Felicidade de me libertar e de tê-lo libertado. De ter ganhado um amigo, um amigos diferente, inesquecível. Uma estória que concerteza teve um final feliz. E que pra sempre vou olhar para o pôr-do-sol e lembrarei de seu rosto, sempre me admirando e sorrindo.       

     “O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na     intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis.”
Fernando Sabino

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Capitulo dezessete


“Um belo dia resolvi mudar e fazer tudo que eu queria fazer...”

E foi com esta frase que me encaminhei a uma “super” festa anos 80 que minha mãe havia me chamado para acompanhá-la. Quem diria minha própria mãe querendo que eu saísse para boate!
Fui até meu armário. Meia calça, saias, jeans, blusas, vestidos, casaco, bolero, bota, salto, tênis, sapatilha... O QUE VOU USAR? Já estava na hora de estar pronta e não tinha nem me maquiado! Help mamiss!
Resolvido! Nada como umas dicas maduras! Fui bem arrumada, meia preta e um vestido com paetês lindos coloridos, maquiagem leve, salto preto e cabelos cheirosos soltos! Meu espelho dizia que hoje arrumaria alguém... Mas prefiro não me iludir!
        Depois de quase duas horas para entrar na festa, me surpreendi com a decoração e o bom atendimento! Mas por incrível que pareça eu era a mais nova e mais brilhante! 
        Eu e minha mãe fomos logo pegar um drink! Um drink, uma música, dois drinks, duas músicas... Minha mãe disse que bebo rápido! Imagina...
        Depois de dançar bastante na pista e ficar com a garganta seca de sede. Fui pegar uma água. Ao meu lado me passa um GATO! Vocês não têm noção! Muito gato! Olhou pra mim fixo, e eu como não perco tempo também olhei, timidamente... Seguiu em direção a pista. Neste exato momento achei que tivesse perdido a única chance de chegar nele, afinal sou uma mulher de atitude! Mas, logo em seguida o vi sozinho em um canto, repito sozinho! A dúvida cruel batendo em minha cabeça, será que vou até ele, ou melhor, não? Resolvi ficar com os amigos para me valorizar... Dica antiga que sempre dá certo! Peguei a água, bebi em um gole só e continuei dançando!
Meus amigos presentes e minha mãe perceberam o clima entre eu e o gato. E todos me deram força dizendo que se eu ficasse com ele, eu teria varias fãs! Mas não me interessava a opinião dos demais, ele fazia meu ‘’tipo’’ e me senti muito atraída por ele.
        Depois de algum tempo, de longe vi que ele estava no balcão da boate, não perdi tempo e corri para comprar disfarçadamente o que me desse vontade na hora! Encostei nele “sem querer querendo” , pedi desculpa. Ele sorriu e deslizou sua mão em meu cabelo e novamente foi para a pista, só que desta vez ficou em minha frente. Naquele segundo eu decidi, ele vai ser meu. Peguei mais um drink.
         Fiquei trocando olhares com ele. Em cada música que tocava nos aproximávamos mais, até que chegou uma hora que ele veio bem pertinho de mim e disse sussurrando em meu ouvido com um olhar super sexy e um perfume muito cheiroso:
-Gostando da festa?
Depois nem preciso dizer o que aconteceu, né? Lógico que antes de qualquer coisa, rolou vários papos super interessantes, só para eu testar ele!  E depois, muitos beijos quase sufocantes!
        Ele, o Johnnie, era muito ‘’caliente’’ e sedutor, vestia naquele dia uma calça jeans clara, regata branca e uma blusa aberta xadrez azul marinho, seus cabelos até o ombro levemente ondulado e totalmente bagunçado! Que dava a ele um ar sexy! Seu cheiro era completamente atentador! Seu olhar que parecia olhar para dentro de minha alma. Seu sorriso? Lindo e super provocante quando apertava seus lábios com seus dentes para falar,  provocante a ponto de não querer parar de beijá-lo. Foi o beijo mais gostoso que havia dado em nigth. E neste momento tocou uma música que adoro dançar, e ele cantava pra mim...

                                      Você me faz girar, baby
                                             Girar como um disco, baby
                                            Girando  Girando  Girando

As luzes coloridas da boate parecia que tudo estava em câmera lenta, fumaças, pessoas dançando, meu corpo não parava e Johnnie cantava olhando pra mim e dançando ao mesmo tempo, eu em meu estado não muito sóbrio, olhava para seus lábios, seus cabelos dançando junto com seu corpo, e seu sorriso lindo e  eu girava... girava... e ele continuava a cantar...


                                            Você me faz girar, baby
                                           Girar como um disco, baby
                                           Girando Girando  Girando

Já estava tonta! Tonta de tanto girar! Hora de ir lá fora respirar um pouco! Johnnie me acompanhou todo preocupado se estava passando bem. Lá fora a luz era mais forte e o vi de perto com mais detalhes, ele é mesmo lindo! E cada vez que dizia algo... minha vontade era de beijar sua boca e não parar mais, não era porque o papo dele é ruim não, tinha o papo “super legal” e muito engraçado! Um engraçado inteligente, nerd, CDF,  sei lá. Mas completamente sedutor! Minha mãe nos olhava assustada e ao mesmo tempo feliz por ouvi-la. Afinal foi ela quem abriu meus olhos para olhar para o Johnnie!
Depois de muitos beijos e papo... Tínhamos que ir embora cada um para um canto, eu com minha mãe e Johnnie sozinho para sua casa, trocamos telefones, facebook e mais beijos. Uma pena não poder ficar mais ao seu lado, sua companhia era muito agradável! Mas ambos tinham compromissos no dia seguinte, ou melhor, naquele mesmo dia! Com coração apertado me despedi, pois tinha certeza que não nos viríamos mais...
Em casa ainda com cheiro do Johnnie deitei em minha cama com os pés para o alto. E aquela música em minha cabeça, fechei meu olhos e lembrei dele cantando e dançando...
                      
                                            Você me faz girar, baby
                                           Girar como um disco, baby
                                           Girando Girando  Girando

Dormi girando.
Ao acordar vi em minha atualizações que Johnnie havia me aceitado no "viciobook"! Será que ele vai falar comigo? Ou será que me aceitou só por aceitar?

domingo, 28 de agosto de 2011

Inspiração de hoje!




"A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede"
Carlos Drummond de Andrade


"A vida é maravilhosa se não se tem medo dela."
Charles Chaplin


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Continuação Capítulo dezesseis




Cheguei ao bar com umas amigas, tomamos vinho, dançamos, paquerei, comi uma saladinha e nada do Beto chegar e nem responder a minha mensagem. Estou muito furiosa com ele! Como me recusa?
        Será que estou tão gorda assim? Ou será que foi mau hálito? Será que arrumou outra? Ou está viajando fazendo show?
E mais uma vez fui dormir frustrada!

        Dias depois descobri em seu perfil (fuxicava sempre) que tinha um irmão mais novo. Precisava de ajuda, pois, queria conquistá-lo de qualquer maneira! Adivinha o que eu fiz? Adicionei o Augusto, seu irmão, comecei me apresentando como uma fã louca pelo “Puncados” e fiz com que ele me desse suporte com o Beto, o baterista. Augusto não me deu muitas esperanças, mas já estava no meio do caminho de meu objetivo e não iria desistir agora. Nem pense nisso Clara!

No dia seguinte em meu trabalho, recebi um lindo bouquet de rosas amarelas e vermelhas, acompanhado de um envelope. Resolvi abri. Dentro uma poesia romântica e assinada por um admirador secreto. Eu não tinha dúvida que era do Beto! Afinal, ele estava me devendo desculpas por ter me deixado no “vácuo” inúmeras vezes. Será que estou errada?
        No dia seguinte descobri que quem me mandou o bouquet foi o Marcos, que trabalhava numa loja ao lado da minha. Um cara feio, desdentado, magricelo, baixo e aparentemente arrogante. Que decepção! Estava errada. Fiquei arrasada e com   alto-estima lá no fundo do poço, me sentindo uma obesa e incapaz de conquistar meu ídolo.
Depois de comer uma barra de chocolate, biscoitos, batata frita, amendoim, refrigerante e o churros da esquina (pois, já estava obesa mesmo, não ia fazer diferença!) resolvi então me consultar numa velha senhora que jogava cartas de Tarô quase em frente a minha casa. QUE DESASTRE! Gastei cem reais e vinte minutos de minha VIDA para ouvir uma velha quase caindo aos pedaços, desdentada, me assustava quando dizia que tinha “um ser” de outro planeta atrás de mim, via coisas bizarras em minhas mãos, para dizer que não ia dar certo nunca eu e Beto! Que vontade de morrer! Serio! Cortarei meus pulsos assim que chegar em casa... Ou melhor! Vou me jogar em cima dos carros na avenida, quem sabe seja mais rápido?
        Quer saber de uma coisa? Vou deletar o Beto de meu Facebook, Orkut, MSN, e-mail, da minha vida! Só se for de vergonha, né? E foi o que fiz!

 Frase do dia: Nunca enlouqueça e se desespere para ficar com um homem que não te valoriza! 

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Capítulo dezesseis- Quase um conto de fadas!

            Resolvi ir pra faculdade semestre que vem, por que vai dar tempo para eu arrumar minhas coisas e, de repente, quem sabe, arrumar um namoradinho...

       Em um domingo estrelado levei minha irmã mais nova para o show dos “Puncados’’ uma banda de pop-rock, reggae”... Sei lá que estilo de banda é este! Mais, como a amo muito e sou a irmã mais velha e paciente fui acompanhá-la!
        Terminando o show, fomos até ao camarim, pegar autógrafo e tirar infinitas fotos, como minha irmãzinha desejava!
       No camarim conheci os integrantes da banda e “de cara” rolou uma baita química com o Beto, o baterista, que por sinal é lindo, foi super simpático comigo, posso até dizer que ele  me deu “ mole ”! Sim, homens também dão mole! No final de tudo trocamos Facebook, detalhe, Ele que pediu! Morri!
        Chegando em casa adivinha qual foi a primeira coisa que fiz? Sem dúvida foi adicionar o Beto!
       Logo quando ele me aceitou começamos a trocar várias ideias, e lá pela tantas, me chamou para tomar chopp perto de minha casa, lógico que aceitei na hora! Sem “doce”, sem desculpas e sem padrão, agi como uma idiota apaixonada, louca para enchê-lo de beijos...
Buscou-me na porta de casa. Nesta hora me senti a melhor! A poderosa! Senti-me podendo MUITO!
        Tomamos chopp escuro num barzinho super aconchegante!
        Obs.: Beto além de lindo é sarado, tímido e CANCERIANO! Apaixonei!
        Conversamos muito, mas só conversamos! Nada de beijo, toques, olhares do tipo “quero te devorar” e nem papos quentes! Infelizmente.
        Ok! Admito que já furiosa! Que cara “paradão”, oras bolas!
        Também não sei o que eu quero, se é muito devagar eu não acompanho e nem gosto, se for muito rápido me assusto! Ou sou exigente demais ou os caras não são experientes o suficiente para me conquistar! (me senti agora!).
        Depois de infinitos blá blá blá, hora de ir embora, já eram uma da manhã e para quem tem que acordar, não é nada legal chegar com olheiras iguais de um panda no trabalho!!
        No caminho para casa, dentro do táxi, já enfrente ao meu prédio, me despedi dando um beijo em sua bochecha. Ele sem pedir autorização, já me abraçou forte e me tascou um beijo super gostoso na boca com gosto de... De... Halls de menta! Beijo refrescante, molhado, doce... Voei para as nuvens em alguns segundos! E o Beto ainda disse sussurrando em meu ouvido:
        - Para ficar com gostinho de quero mais!
    
        Sai do táxi e fui flutuando para casa... Voei... Voei até chegar a minha cama e deitar sem ao menos tirar a maquiagem e a roupa, apenas para guardar aquele momento e fechar os olhos e relembrar tudo que havia acontecido e lógico o gosto do beijo dele! Acho que minha glicose vai aumentar, pois, vou ingerir muitas balas Halls de menta!
        Cinco dias se passaram e NADA do Beto! Minha irmã mais nova me ligando sem parar querendo saber do seu ídolo e eu não tinha o que responder! Ele não me ligou, não mandou mais mensagem no meu perfil e nem torpedos! 
         Tive uma ideia, uma ideia GENIAL! 
        Uma na qual nunca tive coragem de praticar: irei correr atrás dele! (coragem Clara)
        Resolvi fugir de todos “os padrões”  existentes no mundo!  Irei ligar para ele agora!
         Disquei o número com muita calma e deixei chamar... E ele não atendeu!
         Bem, tentei novamente, de repente não deu tempo de ele atender... NÃO ATENDEU! - desespero total- Será que ele não ouviu o celular tocar? Ou será que foi ele que não quis me atender? Ou será que esqueceu de levar o celular com ele? Ou... Chega!
Agora já era. Já havia ligado, meu plano havia dado errado! Que vergonha!

        No dia seguinte...
        O Beto ainda não tinha me retornado a ligação, eu já estava ansiosa, nervosa! Mas como sou ariana e não desisto tão fácil assim, vou enviar uma mensagem para ele o convidando para tomar um vinho (o desespero tomou conta de mim e perdi o controle). Mandei assim:

Olá Beto! Como vai? Vou tomar um vinho hoje com uns amigos.
Gostaria de vir junto? Adoraria sua companhia!
Beijos Clara

        Ah, amigos! Será que ele vai?

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Homenagem ao dias dos pais... Ou pães?


Ela levanta, põe café na mesa, alimenta o cachorro e o gato, molha as plantas, lava,  esfrega, limpa, estende, passa roupa, cozinha a manhã inteira para fazer com que os dias dos pais sejam gostosos, divertidos e normais!
Quando criança, esse segundo domingo do mês de agosto sempre foi uma lenda e um sonho ao mesmo tempo. Lenda por que nunca tive um pai em casa, mas eu acreditava, e um sonho por que sempre quis ter uma presença masculina, onde todas as minhas amigas tinham... Coisas de criança!
Mas o tempo passa e nós amadurecemos, e comecei a ver que eu sempre tive um pai presente na minha vida, a minha mãe. Tem toda sensibilidade e afetuosidade de uma mulher, porém, quem mexer com suas filhas ela vira uma onça! Sabe martelar e consertar qualquer coisa, puxa aqui e empurra ali, não se abala por qualquer coisa, é resistente e autoritária, trabalha arduamente, e se tiver necessidade, pega no “batente” o dia inteiro, sem reclamar e sem sair do salto!
 Nota baixa? Castigo por uma semana! Chegar tarde em casa? Castigo: um mês sem sair! Faltou respeito com ela? O ano todo de castigo! Essa mulher é macho mesmo! Porém, nunca passei fome, sede e nunca me faltou nada, nem mesmo os rios de carinhos e os sorrisos contagiantes! Sempre fui feliz sem um pai, e não vai ser um dia especial a eles que irei sentir falta!
Não me envergonho em dizer que nunca tive um pai, pois faleceu desde meu nascimento! E muito menos em dizer que sou filha de mãe solteira, por que no fundo, eu sei, meu pai e minha mãe estão ali unidos em uma só palavra... Pãe!
Feliz dia das pães!

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Capítulo Quinze

   
O tempo passou e eu resolvi ouvir meu coração...
        Quero termina meu namoro! Estou infeliz, insatisfeita e enganando a mim mesma. Resolvi abrir alas para o início da conversa e escrevi uma mensagem para ele assim:
_ Você é muito especial para mim! Adoro-te!

         Bom, para início de conversa, confesso que fiquei horas em frente ao celular pensando em o que escrever, não queria ser grossa, mas também não boazinha demais, queria passar atitude e convicção, queria uma coisa meio que oculta sabe? Para ele ficar pensando e já ir refletindo sobre o que era aquela mensagem e blá blá blá! Mas não foi o que consegui escrever, preferi agir assim pessoalmente.

Meia hora depois que mandei a mensagem, ele me ligou.
        Hã, lógico que já esperava isso! Então, tinha uma resposta na ponta da língua para falar:

– Oi amor, como vai?
– Olá, tudo ótimo, e com você? - Inicio de conversa é sempre esse, é como se fosse um padrão!
– Bem... - Um pouco sem jeito de me perguntar - Então, vi seu recado aqui agora... Aconteceu alguma coisa?
–  É aconteceu! Queria falar algumas coisas com você, desabafar! Coisas que estão me deixando angustiada, chateada, enfim...
–  Ah, lógico! Mas o que é?!
–   Prefiro falar pessoalmente, por telefone é muito impessoal... Pode ser hoje de noite?
–   Pode sim, eu passo ai na sua casa! - meio nervoso
–   Combinado!
–   É... Também queria falar algumas coisinhas... (risos), aproveito e já te falo. Então, tá!
–   Até mais tarde, beijos!
–  Tchau, amor!

Tenho minhas dúvidas se ele realmente queria falar alguma coisa comigo. De repente falou aquilo por que ficou inseguro, e para se igualar a mim. Não... Creio que ele tenha uma coisa importante para falar comigo! O que será?

        Mais tarde fomos para um restaurante conversar.
         Foi tudo tão natural que fiquei surpresa com a situação. Por que normalmente términos eram para ser com choros, palavras feias, um jogando coisas na cara do outro... Mas não foi bem assim. Não tive nem vontade de chorar!
        Ele me perguntou olhando dentro dos meus olhos e apertando minhas mãos, o que eu queria falar.
 Disse o que estava sentindo em relação ao nosso namoro, que me precipitei, não estava passando por momentos legais, muita pressão, queria estudar... Fui sincera o tempo todo, falei tudo que tinha para falar! Quando terminei, senti-me mais leve, esvaziei uns vinte caminhões de lixo, de angústias, raivas que havia dentro de mim! Estava livre de todos eles! Como é bom  falar!
Ele concordou com a maioria das palavras que eu disse, argumentou sobre outras (para variar), e depois ele me perguntou:
-  Isso é um término?
         Não respondi. Pois não sabia o que dizer, porém, sabia o que eu sentia, e tinha certeza, eu queria terminar o namoro!
Ele viu a resposta dentro dos meus olhos (sou muito transparente) e complementou:
-  Esse não foi o momento e nem a hora de ficarmos juntos. Sinto que você nunca se entregou totalmente a esse namoro, e sabia que isso uma hora iria acontecer. Que fosse melhor agora mesmo, temos apenas um mês de namoro! -  Tudo que ele falava via nos olhos dele a sinceridade, e fiquei impressionada com a maturidade dele para entender a situação. - Não sinto a mesma vontade de dizer eu te amo como no começo, vou ser mentiroso se eu disser agora. Por que não vai ser verdade.
        E foi aí que terminamos, e rompemos bem um com o outro, pois os abraços e beijos estavam ainda presentes. Ate que...
         O telefone dele tocou. Era um amigo dele chamando nós, eu e ele, para uma festa.
        Claro que eu não iria, não estava no clima. Ele me perguntou:
–         Você se importa se eu for?
–         Lógico que não. Aliás, você não é mais meu namorado. Faz o que você quiser... (estava chatiadíssima).

        Disse isso, lógico por ser a verdade. Mas não esperasse que ele fosse.
        Poxa, acabamos de terminar um relacionamento...  E ele vai festejar? Curtir? Caramba! Cadê o sentimentalismo dos homens hoje em dia? Agindo assim como ele agiu, pensei que ele nunca esteve nem ai para o namoro, não passava de uma fantasia, uma brincadeira! Por isso que ele nunca teve uma namorada!
 Fui para casa me sentindo estranha, esquisita. Porém, aliviada, livre! Já podia sentir o gostinho da liberdade! Comecei a ver a vida sorrir para mim, as pessoas mais bonitas e as cores mais vibrantes! Não estava totalmente alegre, mais feliz... Sim eu estava!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Capítulo Catoze

Para compensar o jantar de anteontem, o Lucas foi almoçar comigo ontem lá no meu trabalho.
 Foi ótimo conversamos sobre bastante coisa, temos muitas coisas incomuns. Gosto tanto dele!  Conversamos principalmente no meu ingresso na faculdade.
Estou pensando seriamente em fazer arquitetura, ou jornalismo! Super distintos os dois, não?!
 Pesquisei muito sobre os dois cursos, as matérias que mais caem, os prós e contras das profissões, atuação no mercado de trabalho, se é bem remunerado, tudo que eu tinha dúvida.
 Identifiquei-me bastante com os dois! Ah, que dúvida! Por que temos que escolher nosso futuro tão jovem? Sou muito nova! Não tenho maturidade o suficiente para decidir assim, de uma hora para outra, o que vai ser melhor para mim futuramente! Ainda mais na pressão dos pais e dos professores!
  Estou convicta que meu futuro vai ser promissor, porém, tenho que confiar em mim, e seguir meu coração. Só assim serei feliz, bem feliz!

  Hoje fui almoçar com meu amigo Henrique. Foi muito divertido, conversamos bastante, principalmente sobre arquitetura, tirei um monte de dúvidas, pedi sugestões, valeu a pena. Ele é um fofo comigo, um amor de pessoa, me deu vários conselhos. Sinto sinceridade na amizade dele, só não tenho certeza se ele quer somente amizade comigo.
  Na hora da despedida segurei a mão dele e disse que ele pode contar comigo para tudo!
  Mas sabe quando você sente alguma coisa estranha, um pontinho a mais de carinho pela pessoa? Então, foi como se eu estivesse criando um laço de amizade mais forte ainda.
Abraçou-me e disse que vou fazer a escolha certa! Garantiu!
Senti-me tão segura, protegida! Tudo que eu precisava naquele instante!

 Dia seguinte...
 Hoje acordei meio estranha, angustiada. Novamente? Cara, tem alguma coisa errada ai... (pensei comigo mesma).

 Fiquei pensativa e seria o dia inteiro. Refletindo sobre minha vida, meus problemas, as soluções que devo tomar faculdade que devo ingressar, no meu namoro...
  Será que estou insatisfeita com meu namoro? Eu o amo de verdade? Estou feliz? Ou isso se chama cômodo? Por que não o vejo como o pai dos meus filhos, ou futuro marido? Não planejo nada com ele nos próximos dias...
   Depois de horas filosofando sobre a questão do meu namoro precoce, tomei a seguinte conclusão: - Fui precipitada em aceitar de cara um relacionamento com um rapaz que não o conheço direito, não conheço os defeitos, as manias, as loucuras, os ex - relacionamentos... Ele é um estranho para mim. Nunca me relacionei com pessoas que não conhecia direito, muito menos namorar sério, e oficializar nas redes sociais tão rápido. E ainda mais dizer “eu te amo”! Eu surtei, o que foi que eu fiz?
  Não, calma, eu não surtei. Foi um momento de carência de nós dois. No momento que eu disse eu te amo para ele, é por que  naquele instante eu senti uma coisa especial, mais que um apenas  “Te adoro”. Disse te amo, para corresponder o que ele dizia. Aceitei o namoro por pura pressão imposta ao meu redor, conheci os amigos dele, a família... Tudo isso conta. E muito!
  Mas sou tão sincera com meus próprios sentimentos, que dum dia para o outro, a ''ficha caiu''. A realidade estava ali, na minha frente, porém não queria acreditar, não quis enxergar que eu nunca o amei - Nas nossas discussões sem nexo, os infinitos defeitos que via nele, a minha impaciência com ele, até os carinhos dele me incomodava - Não queria acreditar que era uma fantasia aquele namoro, apenas uma curtição, um apenas “ficando”.
 Ele não sabe o que é o amor e naquele momento de transtorno emocional, eu também não sabia. Amar é...
 Amar é querer estar mais e mais com a pessoa, a cada segundo é super importante; amar é viver intensamente, sem medo, sem frustrações; é passar por obstáculos e barreiras; quebrar regras; fazer loucuras e coisas proibidas, para testar sua aventura do lado do próximo; é saber que por mais que aqueles defeitinhos existam, você não liga, esquece ou se acostuma, como se fosse a coisa mais normal do mundo (até mesmo se for uma pinta enorme no rosto, o amor é cego literalmente!); amar é quando um se aproxima do outro, o coração dispara; e mesmo quando ele veste calção vovô, te dá uma vontade de pular no pescoço dele como uma leoa selvagem; é sentir saudades ate mesmo combinando um programa para amanhã; é estar sempre presente na sua vida, nos momentos de tristezas, TPM, alegrias, saudades, inseguranças... O amor é inconfundível.
Amar é tão bom! Que saudades do amor...

  Descobri isso que não quero ir para frente com o namoro. Não o amo!
  Mas não quero chateá-lo, fazê-lo sofrer. Alias, sou a primeira namorada dele, é uma verdadeira decepção e trauma para ele.  Tenho que medir minhas palavras para falar com ele. Vou ser sincera e honesta, falarei a verdade. Meu Deus, mais como? Ele vai me odiar pelo resto da vida!!!
 Será que dou uma chance para o amor chegar? Será que dou uma chance para nós? E a minha felicidade?

 Socorooooooooooooooooooooooooooooooooo!

sábado, 23 de julho de 2011

Capitulo treze- Uma fase indecisa!

  Dia seguinte fui á praia com minha irmã e meu cunhado. Eles estavam comemorando o primeiro mês de namoro, e eu ali, morrendo de inveja e segurando um baita castiçal! Depois de pensar muito, resolvi ligar para o Lucas convidando ele para jantar mais tarde e conversarmos, como duas pessoas civilizadas e maduras. Mas ele preferiu ir até á praia onde estávamos, pois estava à toa e de noite teria um compromisso.
        Confesso que ligar foi uma tarefa difícil para mim, pois sou tão orgulhosa... Mas queria superar meus defeitos, e deu certo!
        Concluímos que temos muitas coisas distintas um do outro, porém, queríamos ariscar, e tentar dar mais uma chance para nós dois. Prometi ser menos impulsiva e mais atenciosa com ele. 
 Engraçado, não é por nada não, mais reparei que ele fez muitos gestos com as mãos, estava falando arrastado, parecia um... “Boiola”! Que raiva que me deu! Adoro os gays, mais meu namorado não, né?
Deveria estar nervoso... Concerteza é isso! Bom, prefiro acreditar que sim!

        Mais tarde fui com minhas irmãs ao cinema. Amamos o tal filme! Cheio de romantismo, ação, mistérios, homens bonitos e cheios de músculos, deixando a gente completamente iludida do mundo real!
        Saindo do cinema, ainda naquele momento empolgante de comentar a respeito filme, as melhores e piores cenas, quem aparece? O Breno, meu ex-namorado. Minhas irmãs gritaram de alegria quando o viram. Correram em direção a ele para abraçá-lo e beijá-lo. Ele sempre tão tímido, tão travado e tão carinhoso. Vi no olhar dele a saudade, carinho e respeito por todas nós!
        Surpreendi-me quando o vi. Cumprimentei-o com um abraço apertado, e ele correspondeu com um abraço ainda mais apertado! Foi bem rapidinho, mais o bastante para eu me emocionar, o suficiente para sentir saudades dele.
        Eu comecei a chorar no meio do shopping (nada de exagerado, calma!) na frente de todos, mais não estava nem ai!
        Deu-me um aperto no coração, logo veio uma saudade, um pontinho de amor ainda existente. Lembrei de como ele fora tão especial para mim. E ainda é! Lembrei dos nossos momentos juntos, viagens, passeios, a família dele, dos amigos, das boas ações que fez pela minha família, de nossos momentos de felicidades e tristezas, e até a impaciência  e ausência dele comigo. 
Foi uma recaída, porém, um momento muito precioso. Uma saudade relâmpago! Minhas irmãs começaram a me abraçar me enchendo de carinhos e beijos. Tudo que eu precisava naquele momento! Foi tão bom e ao mesmo tempo confuso para mim.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Capitulo doze

 Dez horas da manhã, Lucas me liga:
- Alô, Clarinha? 
- Oi, bom dia! - ainda sonolenta.
- Bom dia, cabeção! - nesta hora queria matá-lo, que merda de apelido é esse? - Como está? Queria te encontrar hoje, posso passar ai na sua casa à noite?
- Sim, pode - monótona e impaciente
-Beleza então cabeçãoooo, até mais tarde!- animado
-Tchau! – seca.

        Tem uma coisa me incomoda muito no Lucas, não sei se repararam, detesto o apelido cabeção!
        Para começar que ele chama todo mundo assim, as primas, irmãs, amigas, colegas, amigos... Logo, eu não sou todo mundo, sou a namorada dele, se é que ele sabe o que é isso! Tudo bem que eu posso levar na esportiva, só que não estou em um momento da minha vida muito paciente.
        Mais tarde quando nos encontramos reclamei a respeito desse apelido super delicado (irônica) para ele. Ele imediatamente fechou a cara e argumentou que era uma coisa pequena que não fazia diferença para ele, por exemplo, ás vezes eu o chamo de mô,  e ele não gosta, acha feio e brega, mais nunca falou isso comigo por que achava que era  uma coisa muito pequena para comentar. Ok! Entendido!
        Mas vamos lá, por partes. Quando eu o chamo de mô, quero dizer amor, pois é uma abreviação, e desperta carinho, amor e respeito ao próximo, certo?! E cabeção? Qual é o sentido de ele me chamar de cabeção? Que eu sou cabeçuda?! Logo... O quê que tem haver ele chamar A NAMORADA dele de cabeção! $#@%&*u#$@!!!
         E sai, deixei ele sozinho um pouco e fui fofocar com minhas amigas. E ele, crianção, foi comentar de mim para os amigos e para minha irmã, que estava muito chateado comigo, e que eu estava muito impaciente com ele. E complementou estar muito inseguro com o nosso relacionamento, que queria conversar comigo e esclarecer tudo!
        Ah, o Lucas é pior que mulher, ama discutir relação a dois, aqueles que têm que resolver tudo na hora, não importa o lugar,  tem que deixar tudo bem explicadinho e desabafar tudo que esta incomodando os dois.
         Eu já não sou assim, resolvemos, desabafamos, falamos tudo que tínhamos para falar? Pronto, acabou e está tudo bem novamente. Não guardo rancor de ninguém e descarto tudo que não é importante para mim (para nós) num piscar de olhos. Insensível? Não, sou ariana.
        Ficamos a noite inteira com cara emburrada um para o outro. Eu não conseguia relaxar de maneira alguma. Não conseguia digerir o que eu tinha feito com ele, ele não merecia aquilo, ele é tão carinhoso, paciente e me amava!! Estava me sentindo uma monstra!
         Pedi para ele me levar para casa que estava cansada e muito mal com o ocorrido!
         Cada um foi para um lado. Cada um seguiu seu caminho, sua vida.
  E eu fui para casa cabisbaixa e ele também.
 – Como sou burra, idiota, impulsiva! -pensei- Mas pelo menos falei tudo o que tinha que falar!
Estava arrasada!
         Fui dormir chorando e super chateada com a situação. Sei que EU que estou errada na história, descontando todos meus problemas nele, descarregando minhas confusões emocionais e minha desmotivação no trabalho, como se ele fosse um vaso sanitário. Todos esses meus problemas estão  me afetando completamente, meu comportamento, meu relacionamento tão recente.
 Mas, poxa! Ele está presente na minha vida para eu ficar bem, para me deixar feliz, tranquila, para suprir minha carência. Por que estava fazendo isso com a pessoa que eu amava?

A resposta era clara para todos. Por que eu não o amava de verdade...