Como é possível um dia estamos amando, fazendo
declarações, poemas, músicas, passeios românticos, e no outro dia, num piscar
de olhos, esse encantamento some. Desaparece rapidamente, como uma estrela
cadente.
Às vezes fico tentando entender... Nós humanos (ou
nosso coração), como você está amando intensamente em um dia e no outro não
sente mais nada pela pessoa? È galera, isso é mais possível do que imaginam, se
não passaram por isso ainda, calma... Vão passar um dia.
Terminei um namoro há quatro anos e três meses.
Resumindo:
Eu amava muito o Breno, muito mais do que o Rodolfo
(meu primeiro namorado), mas ele começou a não me dar atenção que precisava, e
trabalhar impulsivamente, nos dias, tardes, noites, madrugadas... Não tinha
vontade de fazer amor comigo há duas semanas (tudo bem que isso não é o mais
importante... Mais ajuda), tem uma hora que esses probleminhas virão um
problemão e explode! E que problemão!
E foi assim que terminei
o namoro com ele, terminei uma história.
Passei dias tentando me
convencer que romper o relacionamento era o que dentro de mim gritava o que eu
realmente queria.
Sofri? Lógico, quem não
sofre quando termina uma relação? Chorei muito, emagreci muito também (isso é
bom!), mais como na vida tem tudo seu lado positivo e Deus sabe sempre o que
faz, eu estava no caminho certo, tinha certeza que aquilo tudo ia passar e tudo
iria ficar bem, assim como todas as arianas... Sofrem um, dois, três dias no
máximo, depois “deleta” da sua cabeça e recomeça uma nova vida! Não guardamos
coisas ruins dentro da gente, sempre eliminamos rapidamente, ainda mais quando
nos fazem mal ou não complementam em nada!
Dito e feito.
Depois de duas semanas estava recuperada 80%, busquei
amigos que não entrava em contato há meses, comecei a sair mais (não saia
antes, pois achava que não gostava. Coitada de mim!), e... Descobri a dança, e
como descobri!
Primeira vez em uma
pista de dança, extravasei total, pulei, sacudi, remexi, criei coreografias...!
Ah, e não posso me esquecer, “descobri a Vodka” (como
minha mãe fala). Beber com moderação para mim não serve, tem que ser com
MUITAAA moderação, pois sou muito fraca. Caloura da noite, né?! Tenho que
esta no controle do meu próprio corpo, assim você fica feliz e dar aquele
“brilho”. Quando eu bebo me sinto mais livre, parece que estou em um mundo sem
leis, sem compromisso, sem inimigos... É só você e seu corpo, se entregando
totalmente a dança, dançando como bem entender, como quiser, é uma sensação
incrível! Acho que sou realmente uma bailarina frustrada!
Minha primeira festa solteira, e advinha com quem?
Minha ex-cunhada( do meu primeiro namorado). Foi assim, calma!
Sou muito amiga do meu ex-sogra a Rogéria, sempre
nos damos muito bem, a Talita estava sem lugar para morar aqui no Rio, que
passou para uma faculdade federal, ai ela me pediu para a
Talina ficar por algum tempo aqui no nosso apartamento que mora
eu e minha mais velha Marina, de 25 anos. Concordei, gente boa, inteligente,
tranquila e ia ajudar nas despesas, perfeito!
Vamos aos detalhes da festa: Chegando do trabalho
cansada, em uma sexta - feira, ela me implorando para ir a uma chopada dos
amigos dela, lógico que não ia perder essa oportunidade! Nem pensei em comer
nada, apesar de estar com fome, fui direto para meu guarda-roupa escolher meu
modelito (tinha que estar arrasando, como sempre!), depois de séculos na missão
escolha, Talita me ajudando, escolhi um vestido preto básico, com bordado nas
pontas, complementei com um brinco grande prateado, e fiz uma maquiagem
esfumaçada que copiei da internet... Hum, estava realmente arrasando (modesta)!
Fomos fazer um happy
hour na casa bem humilde de uma prima da Talita, Valéria. Nossa a casa
é a dos meus sonhos, de designer moderno, poltronas diferentes, luminárias
bem alinhadas, vasos coloridos, quadros de famosos, pinturas nas paredes, área
de lazer, com piscina, churrasqueira... Só! Enfim, casa linda e ela cheia da
grana! Ela é arquiteta, tem trinta anos, cabelos longos loiro, com olhos
castanhos escuros e baixinha, ela costuma fazer festas para seus amigos nos
finais de semana! Segundo ela: ''adoro socializar e não tenho com quem gastar
meu dinheiro''. Ah, dá para mim um pouco, um tipo de mesada, que tal?!
Foi muito legal, a galera “cabeça”, mais velha e super
divertidos! E... Conheci o Artur, um fofo que estava me dando ideia a noite
inteira. Um charme, pelo menos eu achei! Mas não dei muita bola para ele, pois
tinha até me esquecido como se dava, muito tempo namorando! Fiquei com medo de
dar mole demais, aí resolvi meio que ignorá-lo. É mais certo de fisgá-lo,
caso queira futuramente!
Chegando lá na chopada tinha cerveja e energético com
vodka para beber. Cerveja eu não bebo, foi a outra bebida mesmo, pedi um copo
de 250ml, pouco para os veteranos em boates. Como não estava acostumada a
beber, não podia exagerar. Mas tinha esquecido de um detalhe, que talvez você
esqueceu também, não tinha comido nada quando sai de casa, e na casa da Valéria
não tinha nada para beliscar, estava morrendo de fome, talvez nem tivesse mais
estômago de tanta fome. Bebi o primeiro gole, fiz uma careta incrivelmente
horrível, pois estava amarga e sem graça. Mais como queria ficar no “brilho”
logo... Dei outro golão, e outro, depois outro... Ou seja? A metade do copo.
Podem acreditar, já estava feliz (como se fosse o primeiro doce quando
uma criança recebe). Putz! Pensei, a bebida esta controlando meu corpo,
mas não era para ser ao contrário? Ferrouuuuu