quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Capítulo Catoze

Para compensar o jantar de anteontem, o Lucas foi almoçar comigo ontem lá no meu trabalho.
 Foi ótimo conversamos sobre bastante coisa, temos muitas coisas incomuns. Gosto tanto dele!  Conversamos principalmente no meu ingresso na faculdade.
Estou pensando seriamente em fazer arquitetura, ou jornalismo! Super distintos os dois, não?!
 Pesquisei muito sobre os dois cursos, as matérias que mais caem, os prós e contras das profissões, atuação no mercado de trabalho, se é bem remunerado, tudo que eu tinha dúvida.
 Identifiquei-me bastante com os dois! Ah, que dúvida! Por que temos que escolher nosso futuro tão jovem? Sou muito nova! Não tenho maturidade o suficiente para decidir assim, de uma hora para outra, o que vai ser melhor para mim futuramente! Ainda mais na pressão dos pais e dos professores!
  Estou convicta que meu futuro vai ser promissor, porém, tenho que confiar em mim, e seguir meu coração. Só assim serei feliz, bem feliz!

  Hoje fui almoçar com meu amigo Henrique. Foi muito divertido, conversamos bastante, principalmente sobre arquitetura, tirei um monte de dúvidas, pedi sugestões, valeu a pena. Ele é um fofo comigo, um amor de pessoa, me deu vários conselhos. Sinto sinceridade na amizade dele, só não tenho certeza se ele quer somente amizade comigo.
  Na hora da despedida segurei a mão dele e disse que ele pode contar comigo para tudo!
  Mas sabe quando você sente alguma coisa estranha, um pontinho a mais de carinho pela pessoa? Então, foi como se eu estivesse criando um laço de amizade mais forte ainda.
Abraçou-me e disse que vou fazer a escolha certa! Garantiu!
Senti-me tão segura, protegida! Tudo que eu precisava naquele instante!

 Dia seguinte...
 Hoje acordei meio estranha, angustiada. Novamente? Cara, tem alguma coisa errada ai... (pensei comigo mesma).

 Fiquei pensativa e seria o dia inteiro. Refletindo sobre minha vida, meus problemas, as soluções que devo tomar faculdade que devo ingressar, no meu namoro...
  Será que estou insatisfeita com meu namoro? Eu o amo de verdade? Estou feliz? Ou isso se chama cômodo? Por que não o vejo como o pai dos meus filhos, ou futuro marido? Não planejo nada com ele nos próximos dias...
   Depois de horas filosofando sobre a questão do meu namoro precoce, tomei a seguinte conclusão: - Fui precipitada em aceitar de cara um relacionamento com um rapaz que não o conheço direito, não conheço os defeitos, as manias, as loucuras, os ex - relacionamentos... Ele é um estranho para mim. Nunca me relacionei com pessoas que não conhecia direito, muito menos namorar sério, e oficializar nas redes sociais tão rápido. E ainda mais dizer “eu te amo”! Eu surtei, o que foi que eu fiz?
  Não, calma, eu não surtei. Foi um momento de carência de nós dois. No momento que eu disse eu te amo para ele, é por que  naquele instante eu senti uma coisa especial, mais que um apenas  “Te adoro”. Disse te amo, para corresponder o que ele dizia. Aceitei o namoro por pura pressão imposta ao meu redor, conheci os amigos dele, a família... Tudo isso conta. E muito!
  Mas sou tão sincera com meus próprios sentimentos, que dum dia para o outro, a ''ficha caiu''. A realidade estava ali, na minha frente, porém não queria acreditar, não quis enxergar que eu nunca o amei - Nas nossas discussões sem nexo, os infinitos defeitos que via nele, a minha impaciência com ele, até os carinhos dele me incomodava - Não queria acreditar que era uma fantasia aquele namoro, apenas uma curtição, um apenas “ficando”.
 Ele não sabe o que é o amor e naquele momento de transtorno emocional, eu também não sabia. Amar é...
 Amar é querer estar mais e mais com a pessoa, a cada segundo é super importante; amar é viver intensamente, sem medo, sem frustrações; é passar por obstáculos e barreiras; quebrar regras; fazer loucuras e coisas proibidas, para testar sua aventura do lado do próximo; é saber que por mais que aqueles defeitinhos existam, você não liga, esquece ou se acostuma, como se fosse a coisa mais normal do mundo (até mesmo se for uma pinta enorme no rosto, o amor é cego literalmente!); amar é quando um se aproxima do outro, o coração dispara; e mesmo quando ele veste calção vovô, te dá uma vontade de pular no pescoço dele como uma leoa selvagem; é sentir saudades ate mesmo combinando um programa para amanhã; é estar sempre presente na sua vida, nos momentos de tristezas, TPM, alegrias, saudades, inseguranças... O amor é inconfundível.
Amar é tão bom! Que saudades do amor...

  Descobri isso que não quero ir para frente com o namoro. Não o amo!
  Mas não quero chateá-lo, fazê-lo sofrer. Alias, sou a primeira namorada dele, é uma verdadeira decepção e trauma para ele.  Tenho que medir minhas palavras para falar com ele. Vou ser sincera e honesta, falarei a verdade. Meu Deus, mais como? Ele vai me odiar pelo resto da vida!!!
 Será que dou uma chance para o amor chegar? Será que dou uma chance para nós? E a minha felicidade?

 Socorooooooooooooooooooooooooooooooooo!

2 comentários:

  1. Voce escreve beem, muito bom ! Gosteei, parabéns pelo blog !

    http://makeawishtla.blogspot.com/

    bjokas

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  2. Nossa, a Clara está precisando parar e refletir, ainda está muito confusa.

    Estou gostando da narrativa.

    Beijos

    http://canseideusarjeans.blogspot.com/
    @jenwhately

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