Ela
levanta, põe café na mesa, alimenta o cachorro e o gato, molha as plantas,
lava, esfrega, limpa, estende, passa
roupa, cozinha a manhã inteira para fazer com que os dias dos pais sejam
gostosos, divertidos e normais!
Quando criança, esse segundo domingo do mês de agosto
sempre foi uma lenda e um sonho ao mesmo tempo. Lenda por que nunca tive um pai
em casa, mas eu acreditava, e um sonho por que sempre quis ter uma presença
masculina, onde todas as minhas amigas tinham... Coisas de criança!
Mas o tempo passa e nós amadurecemos, e comecei a ver
que eu sempre tive um pai presente na minha vida, a minha mãe. Tem toda
sensibilidade e afetuosidade de uma mulher, porém, quem mexer com suas filhas
ela vira uma onça! Sabe martelar e consertar qualquer coisa, puxa aqui e
empurra ali, não se abala por qualquer coisa, é resistente e autoritária,
trabalha arduamente, e se tiver necessidade, pega no “batente” o dia inteiro,
sem reclamar e sem sair do salto!
Nota baixa? Castigo por uma semana! Chegar tarde
em casa? Castigo: um mês sem sair! Faltou respeito com ela? O ano todo de
castigo! Essa mulher é macho mesmo! Porém, nunca passei fome, sede e nunca me
faltou nada, nem mesmo os rios de carinhos e os sorrisos contagiantes! Sempre fui
feliz sem um pai, e não vai ser um dia especial a eles que irei sentir falta!
Não me envergonho em dizer que nunca tive um pai, pois
faleceu desde meu nascimento! E muito menos em dizer que sou filha de mãe
solteira, por que no fundo, eu sei, meu pai e minha mãe estão ali unidos em uma
só palavra... Pãe!
Feliz dia das pães!
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