domingo, 12 de agosto de 2012

Capítulo Dezenove - Em um piscar de olhos... Nova fase

Em uma noite fria de inverno, havia uma exposição de um fotografo alemão onde visitar ir, convidei meu namorado, pois adorava sair com ele. Mais para minha infelicidade ele disse que era “programa de velho”, e preferiu tomar chopp com amigos, logo, fui sozinha! Sozinha como sempre fui nesses dois anos de relacionamento, não sei por que fiquei tão surpresa e abalada.
        Acordei reflexiva, anormal, angustiada... Triste! O que estava me incomodando tanto? Há dias que não o vejo e já não sentia saudades, tesão e amor mais por ele, por que?
Encontro-me em uma nova fase, sou cheia delas. Olhei para o meu lado e via um garoto do qual não me identificava mais, na verdade sempre fomos muito diferentes um do outro, só que durante esses anos achava que o amor superaria essa diferença. Lembrei-me de como me irritava fácil ao seu lado. Seu jeito ogro de ser era quase intolerável para mim. Sua obsessão por futebol e álcool consumia meu pensamento sempre me perguntando- O que estou fazendo com ele?
Damos certo ate agora, fui feliz, pois naquele momento era ele que eu realmente precisava! Desliguei meu lado altruísta e segui o rumo do que realmente queria. Chega, cansei de batalhar um luta já perdida. Nesta minha nova fase tenho sede do viver, quero ler muito e adquirir mais conhecimento, estudar línguas, me profissionalizar, viajar o mundo! Conversas fúteis e bobas são atualmente cansativas para mim.
Duas semanas depois...
Rompemos o relacionamento, com abraços e gestos carinhosos. Término é sempre término. Sofri, chorei, me arrependi, quase voltei atrás, relutei e decidi, decidimos que não iria mais dar certo. Seu olhar penetrava ao meu com ar de melancolia, foi uma sensação horrível fazer alguém sofrer por problemas meu, por não conseguir aceitar ele como era, por não ama-lo mais.
Estou solt... Que palavra estranha, não soa bem nem soletrar! Não estou acostumada a viver apenas comigo... Gosto de conversar, opinar a respeito de algo e saber a opinião do outro. E quando estiver viajando, com quem que vou comentar a respeito de uma bela paisagem ou um erro de português em uma placa? Ou saboreando algo delicioso, para quem que vou pedir que saboreasse comigo? Filmes, teatros e exposições artísticas, comentar com quem? Comigo, apenas comigo!
No começo era estranho, ruim, angustiante. Hoje, vivendo apenas comigo, não tenho frustrações, constrangimentos, inseguranças, impaciência e mau humor. “Quem foi que disse, que é impossível ser feliz sozinho?”

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