terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Capítulo Trinta e Um - WebAmor!

Era sexta-feira. Meus pés arrastavam-se sobre o chão, estavam pesados, cansados da semana intensa que tive. Minhas costas doíam, minha cabeça explodia e minha voz já estava rouca. Sentia-me mentalmente acabada. Por que trabalhamos tanto hoje em dia? Que mundo capitalista!

Mas nada está perdido... Mais um romance, vamos lá!
 Havia conhecido o Rodrigo na internet há duas semanas, um rapaz moreno, de cabelos escuros e barba por fazer, ele parecia ser bem atraente na foto, mas preferi não criar expectativas. Conversamos virtualmente todos os dias deste então, e hoje, logo hoje, que eu estou um caco, ele me convida para sair... céus! oque faço? Saio... Afinal, preciso relaxar!
Combinei de nos encontrarmos em um lugar público. Escolhi um bistrô de esquina que sempre vou com minhas amigas e conhecia todos os garçons de lá, bom, nunca vi o rapaz e escolher um lugar onde eu me sinta a vontade, a probabilidade dele me sequestrar é menor. Temos que pensar em tudo...

O bistrô é rústico, tem o pé direito alto e um cheiro que de grão de café moído no ar o tempo inteiro, as cadeiras são macias e as mesas redondas com vasos de margaridas para colorir o ambiente. Havia uma dezena de bolos na vitrine, um de cada sabor mais irresistível que o outro, sempre quando vou lá engordo uns três quilos na hora. Resisti, afinal não queria que o Rodrigo pensasse que eu era uma gorda, faminta e impulsiva.
Cheguei pontualmente. Fui entrando devagar e avistei um rapaz charmoso lá no fundo ao lado de uma grande janela, sorri e me aproximei. Ele acenou para mim e se levantou com um sorriso surpreso no rosto e me deu dois beijinhos na bochecha (que cheiro gostoso tinha sua face). Arrastou a cadeira para eu me sentar (cavalheiro, ganhou dois pontos!), sorriu e disse.
- Muito prazer Clara! Você é linda! – disse Rodrigo com uma voz grave e suave.
Nervosa sorri e comecei a indagar, como se fosse uma entrevista. Observei-o, sua maneira de olhar para mim era gentil, sua forma como segurava o copo era agressiva (ui), sua maneira de falar era sutil, era paciente, inquieto, gesticulada bastante com as mãos e tinha um traquejo verbal invejável.  Conversamos muito e descobri o que realmente me interessava... Conclusão? Ele não parecia um psicopata! Respirei....

Fiquei maravilhada de conhecê-lo e nos despedimos com um delicioso beijo. Amanhã combinamos de nos encontrar para ir ao cinema. Será que eu aceito o convite?  

Ass.: Clara

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